Previsões do mercado financeiro para principais indicadores econômicos em 2024 se mantêm estáveis, mostra Boletim Focus.

O mercado financeiro apresentou estabilidade nas previsões dos principais indicadores econômicos para o ano de 2024, de acordo com o Boletim Focus divulgado nesta terça-feira (6). O relatório, que é produzido pelo Banco Central e divulgado semanalmente, é baseado em pesquisas realizadas com economistas.

As previsões para o crescimento da economia em 2024 permaneceram em 1,6%, e para 2025 o Produto Interno Bruto (PIB) deve atingir 2%. Já para 2026 e 2027, o mercado financeiro prevê uma expansão de 2% para ambos os anos.

No terceiro trimestre de 2023, a economia brasileira superou as projeções ao registrar um crescimento de 0,1% em comparação com o segundo trimestre do mesmo ano, de acordo com o IBGE. A alta acumulada nos primeiros nove meses de 2023 foi de 3,2%, o que colocou o PIB em seu maior patamar da série histórica, 7,2% acima do nível pré-pandemia registrado no final de 2019. Os dados referentes ao quarto trimestre de 2023 e ao consolidado do ano serão divulgados pelo IBGE em 1º de março.

No que diz respeito ao dólar, a previsão de cotação está em R$ 4,92 para o final de 2024 e em R$ 5 para o término de 2025.

No que se refere à inflação, a estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) permaneceu em 3,81% para 2024. Para 2025, a previsão é de 3,5%. Em 2026 e 2027, as projeções também são de 3,5% para ambos os anos, estando dentro do intervalo da meta de inflação que deve ser perseguida pelo Banco Central.

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central tem usado a taxa básica de juros – a Selic. Segundo a pesquisa do Boletim Focus, a expectativa é que a Selic encerre 2024 em 9% e caia para 8,5% no final de 2025, permanecendo nesse patamar em 2026 e 2027.

As recentes decisões do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre a taxa Selic são baseadas no comportamento da inflação, onde a alta dos preços de alimentos, de energia e de combustíveis foi um fator decisivo em suas elevações. As projeções fazem prever um ciclo de cortes de 0,5 ponto percentual nas próximas reuniões do Copom.

Como influência na taxa de juros, a demanda aquecida é um dos fatores considerados quando há aumento, mas a redução da Selic pode ser um estímulo à produção e ao consumo, incentivando a atividade econômica.

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