Inflação em janeiro é puxada pela alta no preço dos alimentos, atinge 0,42% e acumula 4,51% em 12 meses

A inflação oficial do mês de janeiro ficou em 0,42%, de acordo com os dados divulgados nesta quinta-feira (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Essa porcentagem ficou abaixo do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apurado em dezembro, que foi de 0,56%. Em 12 meses, o IPCA soma 4,51%, representando a inflação oficial do país.

O aumento nos preços dos alimentos foi o principal responsável pelo resultado da inflação em janeiro. O grupo alimentação e bebidas, que possui grande peso na cesta de consumo das famílias (21,12%), subiu 1,38%, impactando o IPCA do mês em 0,29 ponto percentual. O IBGE explicou que os fatores climáticos foram os principais motivos para o aumento nos preços dos alimentos, devido à temperatura alta e chuvas intensas em diversas regiões produtoras do país.

Entre os alimentos que mais pesaram no bolso do brasileiro, destacam-se a cenoura (43,85%), batata-inglesa (29,45%), feijão-carioca (9,70%), arroz (6,39%) e frutas (5,07%). O gerente da pesquisa, André Almeida, contextualizou que historicamente há uma alta nos preços dos alimentos nos meses de verão devido aos fatores climáticos e que a presença do El Niño intensificou esse aumento neste ano.

No grupo dos transportes, houve deflação de 0,65%, ajudando a conter a inflação em janeiro. As passagens aéreas, que haviam subido 82,03% nos meses de setembro, outubro, novembro e dezembro, caíram em média 15,22% em janeiro. Além disso, os preços dos combustíveis também tiveram queda, com destaque para o etanol, que recuou 1,55%, óleo diesel, que teve queda de 1,00%, e a gasolina, que reduziu 0,31%.

Com o resultado de janeiro, o acumulado de 12 meses do IPCA diminuiu de 4,62% para 4,51%, representando o quarto mês seguido de redução nesse acumulado. Já o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) apurou uma inflação de 0,55% em janeiro, acumulando alta de 3,82% em 12 meses.

Esses números refletem o cenário econômico do país e são utilizados pelo Banco Central para monitorar a meta oficial de inflação, que é de 3% no acumulado de 12 meses, com tolerância de 1,5 p.p para mais ou para menos. O IPCA calcula o custo de vida de famílias que ganham entre um e 40 salários mínimos, enquanto o INPC apura a inflação para famílias com renda de um a cinco salários mínimos.

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