As informações foram reveladas por meio de uma decisão assinada pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes, que autorizou mandados de busca e apreensão e prisão dos suspeitos envolvidos no planejamento do golpe. De acordo com a PF, a minuta inicial do decreto previa a prisão dos ministros do STF, Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes, e do presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco. No entanto, Bolsonaro teria solicitado mudanças no texto apresentado por Filipe Martins, ex-assessor especial da Presidência para Assuntos Internacionais, que também foi preso preventivamente.
Após a mudança no texto, a versão final incluiu a prisão de Moraes e a convocação de novas eleições, conforme relatou a PF. Além disso, o advogado Amauri Saad também foi alvo da operação. A gravidade das acusações levou o caso ao STF, que autorizou a realização de medidas cautelares contra os suspeitos.
Após concordar com o novo texto, Bolsonaro teria convocado uma reunião com os comandantes das Forças Armadas para pressioná-los a aderirem ao golpe de Estado. O encontro teria ocorrido no dia 7 de dezembro de 2022, no Palácio da Alvorada. Além disso, a PF revelou que o grupo monitorou Alexandre de Moraes para “executar a pretendida ordem de prisão, em caso de consumação do golpe de estado”.
O monitoramento dos deslocamentos de Moraes entre Brasília e São Paulo foi identificado a partir de mensagens trocadas entre Mauro Cid, ajudante de ordens de Bolsonaro, e o coronel do Exército, Marcelo Camara, que atuou como assessor especial da Presidência da República. A PF alegou que o monitoramento demonstra as intenções reais do grupo de consumar a subversão do regime democrático.
Diante dessas informações chocantes, a PF está trabalhando incansavelmente para investigar e desvendar todos os detalhes desse suposto plano de golpe de Estado, que representa uma ameaça grave à democracia no Brasil. A repercussão desse caso tem sido intensa e continua sendo acompanhada de perto pela sociedade e pelos órgãos de segurança do país.