Lula espera rigor da lei após tentativa de golpe e operação contra militares do governo Bolsonaro

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se manifestou nesta quinta-feira (8) em relação à Operação Tempus Veritatis, deflagrada pela Polícia Federal (PF) horas antes. A operação tem como alvo diversos militares que integraram o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro e investiga a existência de uma alegada organização criminosa que teria atuado numa tentativa de golpe de Estado. Lula afirmou que espera que o rigor da lei seja aplicado contra aqueles que financiaram os acampamentos que resultaram na tentativa de golpe.

Segundo informações disponibilizadas pela PF, foram cumpridos 33 mandados de busca e apreensão, além de quatro mandados de prisão preventiva e 48 medidas cautelares. Entre as medidas cautelares está a apreensão do passaporte do ex-presidente Bolsonaro, que foi determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O advogado de Bolsonaro, Fábio Wajngarten, afirmou que o ex-presidente irá entregar o documento em cumprimento às decisões do dia.

Diversos militares que integraram o governo de Bolsonaro estão entre os investigados, tais como o ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) general Augusto Heleno Ribeiro Pereira, o ex-ministro da Casa Civil general Walter Souza Braga Netto, o ex-ministro da Defesa general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, entre outros. As medidas judiciais estão sendo cumpridas em nove estados brasileiros, além do Distrito Federal, com o Exército Brasileiro acompanhando o cumprimento de alguns mandados.

O presidente Lula foi cauteloso ao comentar sobre a operação da PF, ressaltando que é difícil para um presidente da República se manifestar sobre uma operação que ocorre em segredo de Justiça. Ele destacou a importância de não ocorrer nenhum excesso e de se aplicar o rigor da lei. O ex-presidente também reforçou a necessidade de as investigações revelarem quem financiou os acampamentos.

A oposição do governo Bolsonaro tem se manifestado sobre a operação, com figuras como o ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, e o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, sendo alvos das medidas judiciais. O desenrolar desta operação e as implicações que ela terá na política brasileira podem ter um impacto significativo no país, e a expectativa é de que as investigações forneçam mais detalhes sobre o possível financiamento dos acampamentos que culminaram na tentativa de golpe.

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