Na fala, Bolsonaro disse aos ministros reunidos no Palácio do Planalto que a OAB tinha mudado e não era mais um “partido político”. Ele afirmou que a proposta seria que cada membro da comissão de transparência eleitoral “botasse algo escrito e pedisse à OAB, a Polícia Federal, a nota conjunta”. Foram mencionados também embaixadores e a participação de “um cara que fugiu daquela história da OAB de antigamente ser um partido político”. A intenção era buscar apoio da OAB para contestar a lisura das eleições.
A OAB, por sua vez, divulgou nota nesta sexta-feira (9), reforçando a confiança no sistema eleitoral e nas urnas eletrônicas, rejeitando as falsas acusações contra a Justiça Eleitoral. A instituição afirmou que sempre esteve ao lado das instituições, defendendo a Justiça Eleitoral brasileira e o modelo eleitoral do país. Além disso, rejeitou qualquer ataque que tente enfraquecer as eleições e, por consequência, a democracia.
A defesa de Bolsonaro, representada pelos advogados Paulo Bueno, Daniel Tesser e Fábio Wajngarten, emitiu uma nota afirmando que o ex-presidente “jamais compactuou com qualquer movimento que visasse a desconstrução do Estado Democrático de Direito ou as instituições que o pavimentam”.
A OAB protocolou uma petição no Supremo para que seja derrubada a decisão de Moraes que proibiu a comunicação entre advogados representantes de investigados pela operação. O presidente nacional da OAB, Beto Simonetti, afirmou que a medida foi necessária para assegurar as prerrogativas, garantindo que advogados não podem ser proibidos de interagir nem serem confundidos com seus clientes.
Em resumo, o vídeo da reunião de 5 de julho trouxe à tona o papel da OAB e a defesa do sistema eleitoral brasileiro, gerando um embate entre a entidade, o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus defensores. A discussão sobre a lisura das eleições e a democracia continua a ser um tema de destaque.