Projeto de Lei propõe proibição de cobrança de matrículas para cursos superiores sem data de início definida, em análise na Câmara dos Deputados.




Projeto de Lei propõe proibir cobrança de matrículas em cursos sem data definida

09/02/2024 – 09:45  

Renato Araújo/Câmara dos Deputados

Guilherme Boulos: alguns cursos não atingem quórum mínimo e são cancelados

O Projeto de Lei 3694/23 proíbe as instituições de educação superior privadas e filantrópicas de cobrarem por matrículas de cursos sem data de início definido.

Em análise na Câmara dos Deputados, o texto insere a medida na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.

Autor da proposta, o deputado Guilherme Boulos (Psol-SP) argumenta que alguns cursos superiores são colocados à disposição e, após a matrícula, por não atingir um quórum mínimo, são cancelados. 

“Recebemos reclamações por parte da juventude trabalhadora que paga a matrícula e depois as instituições tentam colocá-los em cursos de segunda opção em vez de devolver o dinheiro gasto”, destaca o parlamentar. 

“Quando isto acontece, normalmente, o tempo para se matricular em outros cursos já passou, atrasando em pelo menos um semestre o sonho do diploma de graduação”, acrescenta. 

Tramitação
A proposta será analisada em caráter conclusivo pelas comissões de Defesa do Consumidor; de Educação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Reportagem – Lara Haje
Edição – Rodrigo Bittar


O deputado Guilherme Boulos (Psol-SP) apresentou um Projeto de Lei (3694/23) que está em análise na Câmara dos Deputados e visa proibir as instituições de educação superior privadas e filantrópicas de cobrarem por matrículas de cursos que não possuem uma data de início definida. A proposta busca inserir essa medida na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.

Em sua justificativa, Boulos destaca que alguns cursos superiores são disponibilizados, e após a matrícula de alunos, acabam por não atingir um quórum mínimo, levando ao cancelamento dos mesmos. O parlamentar ressalta que muitos estudantes reclamam do prejuízo financeiro ao pagar a matrícula e, posteriormente, serem direcionados para cursos de segunda opção, ao invés de receberem o reembolso do valor investido.

De acordo com o deputado, essa situação acaba por prejudicar a juventude trabalhadora, que além de perder o tempo para se matricular em outros cursos, tem seu sonho de obter um diploma de graduação atrasado em pelo menos um semestre.

O Projeto de Lei tramitará pelas comissões de Defesa do Consumidor, de Educação, e de Constituição e Justiça e de Cidadania em caráter conclusivo, ou seja, será analisado apenas por essas comissões, dispensando a deliberação do Plenário, a menos que haja decisão divergente entre elas ou recurso assinado por 52 deputados para a apreciação da matéria no Plenário.

Com essa iniciativa, Boulos busca proteger os estudantes e garantir que não sejam prejudicados financeiramente ao se depararem com a situação de cursos cancelados após a matrícula. A proposta tem como objetivo assegurar os direitos dos alunos e contribuir para a melhoria da educação superior no país.

Por Lara Haje, com edição de Rodrigo Bittar.

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