Diretorias das cinco penitenciárias federais no Brasil reforçam vigilância para evitar novas fugas de presos de alta periculosidade

A Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), órgão ligado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), determinou que as cinco penitenciárias federais em operação no Brasil reforcem a vigilância em suas instalações, consideradas de segurança máxima. Segundo a determinação, as diretorias das penitenciárias localizadas em Brasília (DF), Campo Grande (MS), Catanduvas (PR), Mossoró (RN) e Porto Velho (RO) devem realizar revistas diárias em celas, pátios e outros espaços internos, além de reforçar o número de policiais penais.

Além disso, o ministério orienta que sejam feitas melhorias na iluminação das celas e em pontos estratégicos das unidades, com a instalação de refletores, lâmpadas e luminárias. Também são previstas medidas estruturais, como a melhoria do sistema de videomonitoramento e a identificação de possíveis rotas de fuga, como dutos, tubulações e sistemas de ventilação e elétrico.

Estas providências foram determinadas nesta terça-feira (20) e tornadas públicas hoje (21), com o objetivo de evitar novas fugas, como a que aconteceu na penitenciária de Mossoró, onde dois detentos, identificados como membros de uma facção criminosa, escaparam no dia 14 deste mês e ainda não foram recapturados. Para as buscas, cerca de 600 agentes de segurança estão mobilizados.

A fuga em Mossoró foi a primeira registrada no sistema penitenciário federal desde sua criação, em 2006, com o objetivo de isolar líderes de organizações criminosas e presos de alta periculosidade. Em resposta, o ministro Ricardo Lewandowski anunciou medidas para modernizar o sistema de videomonitoramento, aperfeiçoar o controle de acesso às unidades e ampliar os sistemas de alarmes e sensores de presença.

Além disso, foi instaurado um processo administrativo e um inquérito da Polícia Federal (PF) para apurar as circunstâncias e responsabilidades da fuga. As medidas adotadas pela Senappen e pelo MJSP buscam garantir a segurança nas penitenciárias federais e evitar a ocorrência de novas fugas, trazendo mais tranquilidade para a população e reforçando a eficácia do sistema penitenciário federal.

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