A análise dos dados revelou que os brasileiros com acesso a sistema de esgoto adequado se dividem em duas categorias: aqueles que contam com rede geral, rede pluvial ou fossa ligada à rede, representando 62,5%, e os que utilizam fossa séptica ou fossa filtro não ligada à rede, totalizando 13,2%. O Plano Nacional de Saneamento Básico considera ambas as modalidades como adequadas.
O pesquisador do IBGE, Bruno Perez, explicou que a presença de infraestrutura de esgotamento sanitário varia de acordo com o tamanho da população do município, sendo mais ampla em cidades com mais de 500 mil habitantes. Essa disparidade também foi observada entre as regiões do país, com destaque para o crescimento mais intenso no Centro-Oeste, que passou de 50,7% para 73,4% de esgoto adequado.
Além do esgotamento sanitário, o Censo 2022 também abordou o acesso da população a banheiros. O levantamento apontou que 97,8% dos brasileiros tinham banheiro de uso exclusivo em suas residências, um aumento em relação aos 92,3% registrados em 2010. Regiões como Sudeste, Sul e Centro-Oeste apresentaram os maiores índices de acesso a banheiros exclusivos.
Os dados coletados indicam um progresso significativo na infraestrutura de saneamento básico no país, refletindo uma melhoria na qualidade de vida da população. No entanto, ainda há desafios a serem enfrentados para garantir que todos os brasileiros tenham acesso a serviços essenciais como esgotamento sanitário e banheiros adequados. O aumento no número de residências com dois ou mais banheiros mostra um avanço na qualidade das condições de vida da população brasileira.
