Nesta segunda-feira (26), o Brasil oficializou um compromisso para aumentar a participação das mulheres no setor exportador. O país tornou-se o décimo a aderir ao Arranjo Global sobre Comércio e Gênero, em um evento realizado em Abu Dhabi, paralelamente à 13ª Conferência Ministerial da Organização Mundial do Comércio (OMC).
O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, foi responsável por assinar o documento, com a presença da secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), Tatiana Prazeres. A adesão do Brasil a esse compromisso é vista como um passo importante para promover a igualdade de gênero no comércio internacional.
Um estudo divulgado pelo Mdic no ano passado, intitulado “Mulheres no Comércio Exterior – uma análise para o Brasil”, revelou que em 2019, 32,5% dos empregos nas empresas atuantes no comércio exterior brasileiro eram ocupados por mulheres. No entanto, apenas 14% das empresas exportadoras eram de propriedade de mulheres ou tinham mais controle feminino do que masculino.
Segundo o comunicado conjunto do Mdic e do Itamaraty, existem amplos potenciais ainda não explorados para que as mulheres se beneficiem do comércio exterior, seja como trabalhadoras ou empreendedoras. A adesão ao Arranjo Global sobre Comércio e Gênero reflete o compromisso do Brasil em promover o empoderamento feminino e a equidade de gênero por meio de políticas públicas e cooperação internacional.
Além do Brasil, outros países como Canadá, Chile, Nova Zelândia, Argentina, Colômbia, Costa Rica, Equador, México e Peru também fazem parte do compromisso. O tema “Mulheres no Comércio Internacional” é uma das prioridades da presidência brasileira no G20 e está sendo discutido no Grupo de Trabalho sobre Comércio e Investimentos das 20 maiores economias do mundo.
A adesão do Brasil ao Arranjo Global sobre Comércio e Gênero é um passo significativo na busca pela igualdade de oportunidades e na promoção do papel das mulheres no setor exportador. Esse compromisso reforça o comprometimento do país com a inclusão e a equidade de gênero em todas as esferas da economia global.