Discurso de Bolsonaro na Avenida Paulista será avaliado pela PF em investigação sobre tentativa de golpe pós-eleições de 2022.

No último domingo (25), Jair Bolsonaro fez um discurso na Avenida Paulista, em São Paulo, que levantou questionamentos entre os investigadores da Polícia Federal em relação à tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. O ex-presidente fez uma revelação surpreendente ao admitir ter conhecimento de uma minuta que previa a decretação de estado de sítio, a prisão de parlamentares e ministros do STF, alimentando assim a possibilidade de um golpe.

Essa admissão contrasta com o comportamento anterior de Bolsonaro em um depoimento à PF, onde permaneceu em silêncio diante das perguntas dos investigadores. Segundo fontes ligadas à investigação, a equipe da Polícia Federal está avaliando o discurso do ex-presidente para entender melhor o seu envolvimento nesses acontecimentos.

Uma operação de busca e apreensão realizada no ano passado na residência de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro, encontrou uma minuta que detalhava planos para intervir no Poder Judiciário e impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, além de convocar novas eleições. Essa minuta também foi mencionada em delações feitas pelo tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da presidência da República.

Além disso, Bolsonaro está sob investigação da Polícia Federal e do Supremo Tribunal Federal (STF) devido ao ataque ocorrido em janeiro de 2023 à sede dos Três Poderes em Brasília. Outros elementos estão sendo analisados, como um vídeo de uma reunião realizada no Palácio da Alvorada em 2022, onde seu círculo próximo e militares sugeriram medidas para atacar o sistema eleitoral eletrônico e as eleições presidenciais.

Esses novos desenvolvimentos no caso reforçam a importância das investigações para a manutenção da ordem democrática no país e para a transparência nos processos políticos. A repercussão do discurso de Bolsonaro na Avenida Paulista levanta ainda mais questões sobre a sua participação em atos que ameaçaram a estabilidade institucional.

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