Defesa de Bolsonaro pede afastamento de ministro Moraes do inquérito sobre trama golpista no governo em recurso no STF

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro deu mais um passo no sentido de tentar afastar o ministro Alexandre de Moraes da relatoria do inquérito que investiga uma possível trama golpista durante o governo do ex-presidente. Os advogados alegam que Moraes possui interesses pessoais no processo e, por isso, não deveria continuar como relator.

Na semana passada, o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Luís Roberto Barroso, já havia negado um pedido semelhante da defesa de Bolsonaro. Barroso argumentou que não foram apresentadas provas concretas que justificassem o impedimento de Moraes, conforme previsto na legislação.

No entanto, os advogados de Bolsonaro protocolaram uma nova petição nesta segunda-feira, reiterando a alegação de que Moraes teria interesse direto no caso, uma vez que, segundo as investigações da Polícia Federal, houve um monitoramento do ministro pelos investigados. A defesa se baseia no fato de que Moraes se colocou como vítima central das supostas ações da trama golpista.

Ao mesmo tempo em que a defesa de Bolsonaro busca afastar Moraes do caso, as investigações da Operação Tempus Veritatis continuam a avançar, apontando para um suposto plano de golpe de Estado elaborado pelo ex-presidente e seus aliados após uma eventual derrota nas eleições de 2022.

A decisão sobre o novo recurso apresentado pela defesa de Bolsonaro caberá mais uma vez ao ministro Luís Roberto Barroso, que poderá reavaliar a situação ou encaminhar a argumentação dos advogados para julgamento pelo plenário do STF. A controvérsia em torno da relatoria do inquérito promete seguir gerando debates e polêmicas nos círculos políticos e jurídicos do país.

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