Passageiro baleado durante sequestro de ônibus não precisará de nova cirurgia no coração após avaliação médica no Rio de Janeiro

No último dia 12 de março, um sequestro de um ônibus na rodoviária do Rio de Janeiro resultou em momentos de tensão e violência. Um dos passageiros, Bruno Lima da Costa Soares, de 34 anos, foi baleado e teve seu estado de saúde divulgado pelo Instituto Nacional de Cardiologia (INC), hospital de referência para cirurgias cardíacas de alta complexidade, localizado em Laranjeiras, zona sul da cidade.

Bruno foi atingido por três tiros que afetaram o coração, pulmão e baço. O quadro do paciente é considerado crítico, porém estável, e precisa de suporte de terapia intensiva. Após ser transferido para o INC, a equipe médica concluiu que não será necessária uma nova intervenção cardíaca.

O Sindicato dos Petroleiros do Rio de Janeiro (Sindipetro RJ), a empresa responsável pela rodoviária e a Viação Sampaio, empresa do ônibus sequestrado, se mobilizaram para aumentar as doações de sangue no Hemorio, hemocentro coordenador do estado. A campanha foi um sucesso, resultando em 303 doações e um aumento de 189% em relação ao dia anterior. Essas doações são vitais e podem salvar até 1,2 mil vidas, de acordo com a Secretaria Estadual de Saúde.

O sequestro foi realizado por Paulo Sérgio de Lima, que se desentendeu com traficantes da comunidade da Rocinha e decidiu sequestrar o ônibus para fugir do estado. Após manter 16 pessoas reféns e efetuar disparos, Paulo Sérgio se rendeu à polícia após negociações.

Paulo Sérgio, que havia sido preso por roubo em 2019, estava em regime aberto com monitoramento eletrônico. Porém, deixou a tornozeleira descarregar e cometeu outras violações. Mesmo com notificações da Secretaria de Administração Penitenciária ao Tribunal de Justiça, somente após o sequestro foi decretada sua volta para o regime semiaberto.

O Tribunal de Justiça instaurou uma sindicância para apurar as circunstâncias relacionadas aos fatos e possíveis responsabilidades. A segurança e o sistema prisional estão em pauta, enquanto a saúde de Bruno Lima da Costa Soares continua sendo monitorada de perto.

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