Essas informações foram reveladas durante um inquérito que investigava uma suposta conspiração na cúpula do governo de Bolsonaro. O sigilo sobre as declarações foi retirado pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF). De acordo com Costa Neto, o PL solicitou uma verificação extraordinária no funcionamento das urnas, principalmente para os cargos de presidente e governador. A contratação para isso teria sido ideia de deputados do PL e do próprio Bolsonaro, com o partido custeando cerca de R$ 1 milhão pelo serviço.
Em relação à orientação de Bolsonaro para questionar a segurança das urnas eletrônicas e validar a narrativa de possíveis fraudes, Costa Neto afirmou que nunca recebeu tal orientação do então presidente, apenas a instrução para fiscalizar. Ele ainda mencionou que a empresa IVL – Instituto Voto Legal foi contratada para acompanhar o desenvolvimento das eleições e verificar a segurança do processo.
Por sua vez, o ministro do STF, Alexandre de Moraes, decidiu levantar o sigilo dos depoimentos do inquérito devido a publicações jornalísticas com informações incompletas, que estavam sendo divulgadas pela imprensa. A decisão foi motivada pela necessidade de esclarecer os fatos e garantir transparência nas investigações em andamento. Em meio a essas revelações, a postura de Costa Neto em relação às declarações de Bolsonaro sobre as urnas eletrônicas trouxe à tona questionamentos e debates importantes sobre a segurança e transparência do sistema eleitoral brasileiro.