Nesta sexta-feira (22), a região da República também foi afetada pela falta de luz, com o edifício Copan, que abriga cerca de 5 mil pessoas, tendo áreas abastecidas por geradores. A situação de apagão na capital já se estende para outras localidades, como a Rua 25 de Março, no São Bento, e o Aeroporto de Congonhas, que precisou suspender suas operações por mais de uma hora na semana passada.
Além dos impactos nos prédios e residências, instituições de saúde como a Santa Casa de Misericórdia de São Paulo e o Hospital Santa Isabel, faculdades, escolas e estabelecimentos comerciais também estão sendo afetados pela falta de energia. Comerciantes como Ruan Cardoso e Luiz Alberto relatam prejuízos diários de até R$ 2 mil e R$ 10 mil, respectivamente, devido à impossibilidade de manter seus negócios funcionando.
Gabriela Bonilha, proprietária de uma cafeteria na Vila Buarque, teve que fechar seu estabelecimento por alguns dias devido aos frequentes apagões. Mesmo após o retorno parcial da energia, ela precisou improvisar com equipamentos de menor potência para não perder mais vendas. O contato com a Enel, responsável pelo fornecimento de energia, tem sido frustrante, com dificuldades em obter informações sobre o restabelecimento do serviço.
Diante dos transtornos causados pelos apagões, a Enel Distribuição São Paulo informou que 97% dos clientes afetados tiveram o serviço restabelecido até o momento, mas cerca de 600 ainda estão sem energia. A concessionária lamentou os problemas nas redes subterrâneas e está mobilizando geradores para atender os locais afetados.
O Ministério Público de Contas solicitou ao Tribunal de Contas da União uma investigação sobre a atuação da Enel e, caso falhas sejam encontradas, pedirá a extinção da concessão. A população e comerciantes afetados pelos apagões aguardam por soluções para evitar novos prejuízos e incômodos.