Deputados da CCJ adiam votação sobre prisão de deputado envolvido no caso Marielle Franco por duas sessões para análise detalhada.

Na tarde de hoje, durante a reunião da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, um pedido de vista dos deputados adiou a votação sobre a prisão preventiva do deputado federal Chiquinho Brazão, do estado do Rio de Janeiro. Brazão foi detido no último domingo sob a acusação de ser um dos mandantes do brutal assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.

Por se tratar de um parlamentar federal, a prisão de Brazão precisa ser aprovada pela maioria absoluta da Câmara dos Deputados. O relator do caso na CCJ, deputado Darci de Matos, do PSD de Santa Catarina, defendeu a constitucionalidade da detenção, ressaltando que a prisão de um parlamentar só pode ocorrer em flagrante e por crime inafiançável.

No entanto, os deputados Gilson Marques, do partido Novo de Santa Catarina, e Roberto Duarte, do Republicanos do Acre, solicitaram vista do processo, alegando a necessidade de mais tempo para analisar a legalidade da prisão preventiva de Brazão. Eles argumentaram que não tiveram tempo suficiente para examinar o relatório da Polícia Federal, a decisão de prisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, e o parecer do relator Darci de Matos.

Gilson Marques justificou o pedido de vista afirmando que é preciso agir com responsabilidade e analisar minuciosamente o caso antes de qualquer deliberação. Já Roberto Duarte ressaltou a importância de garantir o devido processo legal e de assegurar o contraditório antes de se tomar uma decisão tão importante.

O adiamento da votação foi duramente criticado por outros parlamentares que defendiam uma análise imediata da situação, alegando que o caso deveria ser encaminhado ainda hoje para o plenário da Câmara dos Deputados. A discussão promete se estender nas próximas sessões da CCJ, enquanto o destino de Chiquinho Brazão permanece incerto.

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