Proposta que proíbe cobrança de serviços portuários já inclusos na capatazia será debatida em audiência pública.




Artigo sobre Audiência Pública na Comissão de Infraestrutura

Na próxima terça-feira (9), a partir das 9 da manhã, a Comissão de Infraestrutura (CI) promoverá uma audiência pública para debater o PL 2.966/2021, que propõe a proibição da cobrança de serviços portuários já inclusos na capatazia. Esses serviços abrangem desde o desembarque até o trânsito pós-liberação pela alfândega.

A senadora Daniella Ribeiro (PSD-PB), autora do projeto, explica que a proposta visa combater o efeito cascata de impostos que elevam drasticamente os custos do THC (Terminal Handling Charge) para os donos de cargas. Caso aprovada, a lei proibirá cobranças consideradas abusivas por parte de empresas de navegação, sejam elas nacionais ou estrangeiras.

Participarão da audiência pública:

  • Murillo Barbosa, diretor da Associação dos Terminais Portuários Privados (ATP) e presidente da Seção de Transporte e Logística da CNT.
  • Marcelo Osorio, diretor de Relações Institucionais da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).
  • Caio Morel, diretor da ABRATEC (Associação Brasileira dos Terminais de Contêineres).
  • Angelo Seffrin Bragagnolo, da Secretaria Nacional de Portos e Transporte Aquaviário (SNPTA).
  • André de Seixas Ponce Alves, diretor da Associação dos Usuários dos Portos, de Transportes e da Logística.
  • Claudio Loureiro de Souza, diretor do Centro Nacional de Navegação Transatlântica (Centronave).
  • José Renato Ribas Fialho, superintendente de Regulação da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ).
  • Luiz Antônio Pagot, consultor da Associação Matogrossense dos Produtores de Algodão (AMPA).

Cobranças questionadas

O projeto destaca que, desde a década de 90, empresas de navegação têm explorado atividades portuárias, levando à cobrança direta dos serviços portuários pelos próprios importadores e exportadores. Isso gerou reclamações e, em 2012, a Antaq determinou que tais despesas fossem ressarcidas, sem ser devidamente cumprido pelas empresas.

O texto prevê que apenas operadores portuários arrendatários, terminais de uso privado e autoridades portuárias possam cobrar por esses serviços em áreas não arrendadas.

Os requerimentos para a audiência pública foram apresentados pelo senador Weverton (PDT/MA).

Como participar

O evento será interativo: os cidadãos podem enviar perguntas e comentários pelo telefone da Ouvidoria do Senado (0800 061 2211) ou pelo Portal e‑Cidadania. O Senado oferece uma declaração de participação, que pode ser usada como hora de atividade complementar em curso universitário, por exemplo. O Portal e‑Cidadania também recebe a opinião dos cidadãos sobre os projetos em tramitação no Senado.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)


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