O prazo inicial de permanência de Ronnie Lessa no presídio federal encerrou em março deste ano, porém, com a decisão proferida pelo juiz federal Luiz Augusto Iamassaki Fiorentini, corregedor da penitenciária, o prazo foi estendido. Caso a renovação não tivesse sido concedida, Lessa teria que retornar ao sistema penal do Rio de Janeiro, onde enfrenta diversos processos na 4ª Vara Criminal da capital.
O ex-policial também é um dos delatores do caso Marielle e indicou em seu depoimento os irmãos Brazão como os mandantes do homicídio. Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio, e Chiquinho Brazão, deputado federal (União-RJ), foram presos na semana passada por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e estão detidos em presídios federais. A defesa dos irmãos Brazão nega veementemente as acusações feitas por Lessa.
A renovação da detenção de Ronnie Lessa e a prisão dos irmãos Brazão evidenciam a complexidade e a gravidade do caso Marielle. A investigação sobre o assassinato da vereadora segue em curso, com desdobramentos que envolvem figuras públicas e instituições importantes. A sociedade aguarda por justiça e esclarecimento plenos acerca desse atroz crime que chocou o país.