No último dia 1º, o TRE iniciou o julgamento de duas ações movidas pelo PT, PL e Ministério Público Eleitoral (MPE) contra Moro, acusando-o de abuso de poder econômico por supostos gastos irregulares durante o período de pré-campanha nas eleições passadas. As acusações apontam para a realização de investimentos financeiros elevados em favor do ex-juiz antes de sua candidatura ao Senado pelo partido União, após deixar o Podemos em 2021.
Segundo o Ministério Público, aproximadamente R$ 2 milhões provenientes do Fundo Partidário foram destinados à filiação de Moro ao Podemos, produção de vídeos para promoção pessoal e consultorias eleitorais. A defesa de Moro, no entanto, argumenta pela manutenção de seu mandato, negando qualquer irregularidade durante a pré-campanha.
O relator do processo, desembargador Luciano Carrasco Falavinha Souza, emitiu seu voto contrário à cassação do senador Moro, alegando divergências nos valores apontados como ilegais pelas partes envolvidas. Enquanto o PL menciona gastos irregulares de R$ 7 milhões e o PT de R$ 21 milhões, o Ministério Público conclui que o montante chega a R$ 2 milhões.
Na sessão de hoje, os demais desembargadores do TRE deverão proferir seus votos, podendo decidir o futuro político de Sergio Moro. Caso seja cassado, o senador terá o direito de recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), prolongando ainda mais o desfecho desse processo. Caso a cassação seja confirmada pelo TSE, novas eleições serão convocadas no Paraná para ocupar a vaga de senador deixada por Moro, que também ficará inelegível por oito anos.
