Até o momento, o placar do julgamento aponta 3 votos a 1 contra a cassação de Moro. Desembargadores como Luciano Carrasco Falavinha Souza, Claudia Cristina Cristofani e Guilherme Frederico Hernandes Denz votaram contra a cassação, enquanto o desembargador José Rodrigo Sade foi o único a votar a favor. Se a cassação for confirmada pelo TRE, Moro terá a possibilidade de recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o que adiaria sua saída do cargo de senador.
Caso a cassação seja confirmada em instâncias superiores, novas eleições serão convocadas no Paraná para substituir Moro no Senado, e ele ficará inelegível por oito anos. A controvérsia em torno da cassação está associada ao período em que Moro estava no Podemos e realizou atos de pré-candidatura à Presidência da República, o que teria gerado desvantagens ilícitas em favor de seus concorrentes ao cargo de senador.
O Ministério Público alega que houve gastos irregulares de aproximadamente R$ 2 milhões com eventos de filiação, produção de vídeos e consultorias eleitorais ligadas à pré-campanha de Moro. As acusações feitas por partidos como o PL e o PT apontam para supostos gastos ainda mais elevados. No entanto, os advogados de Moro argumentam que não houve irregularidades na pré-campanha e defendem a legitimidade de seu mandato atual.
O desfecho desse julgamento promete ser crucial para o futuro político de Sergio Moro e as repercussões de uma eventual cassação certamente serão amplamente debatidas nos próximos dias. A expectativa é que o TRE do Paraná tome uma decisão definitiva após a retomada do julgamento.