Advogado contesta prisão de deputado acusado de mandar matar Marielle e Anderson: “Sem estado de flagrante evidente”




Advogado contesta prisão de deputado em debate no Plenário da Câmara

10/04/2024 – 19:21

Zeca Ribeiro/CâmaradosDeputados

O advogado Cleber Lopes fala em Plenário

O advogado do deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), Cleber Lopes, contestou que haja estado de flagrante para justificar a prisão do parlamentar. Em meio a intensos debates no Plenário da Câmara dos Deputados, Lopes questionou a falta de flagrante no momento da prisão, destacando que se houvesse real flagrante, a Polícia Federal teria efetuado a prisão imediatamente.

O representante legal de Brazão também expressou sua insatisfação com a falta de acesso à delação premiada que embasou a prisão do deputado. Segundo Lopes, seu cliente está detido com base em informações às quais ele não pode ter acesso, o que levanta questionamentos sobre a transparência e legalidade do processo.

Chiquinho Brazão foi detido em 24 de março pela Polícia Federal, sendo acusado de ser o mandante do assassinato da vereadora Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes, ocorrido em março de 2018.

No decorrer do debate, Cleber Lopes alertou para o possível impacto da prisão preventiva de Brazão em outros parlamentares, destacando a importância de uma postura firme por parte do Parlamento brasileiro para evitar uma série de detenções semelhantes.

O advogado ainda argumentou que o Supremo Tribunal Federal (STF) não teria competência para julgar o caso, já que os supostos crimes ocorreram antes do mandato de Brazão como deputado federal, e os atos de obstrução de Justiça não estariam relacionados ao exercício do cargo.

Chiquinho Brazão não pôde participar do debate de forma virtual, conforme relatado por Lopes, devido à falta de estrutura no presídio. O advogado reforçou a privação do deputado em participar ativamente do processo.

Maiores detalhes serão fornecidos em breve, acompanhe as atualizações.

A transmissão ao vivo está disponível para visualização.

Reportagem – Tiago Miranda
Edição – Pierre Triboli


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