Alta da inflação nos EUA causa turbulência no mercado financeiro global, levando dólar a R$ 5,08 e bolsa a queda de 1,5%

Em um cenário de tensão e volatilidade, o mercado financeiro global enfrentou um dia turbulento após a alta da inflação nos Estados Unidos. A trégua que se seguiu às últimas oscilações foi efêmera, e o dólar, que vinha se mantendo próximo aos R$ 5 nos últimos dias, subiu para R$ 5,08, fechando no maior patamar em seis meses. A bolsa também foi impactada, registrando uma queda de quase 1,5% após dois dias consecutivos de alta.

O dólar comercial encerrou o dia cotado a R$ 5,077, um aumento de R$ 0,07 (+1,41%). A moeda permaneceu estável no início do pregão, mas disparou após a divulgação dos dados de inflação nos Estados Unidos. No momento de pico, por volta das 14h45, o dólar chegou a ser negociado a R$ 5,08, o maior valor desde outubro do ano passado. Em abril, o dólar acumula uma alta de 1,24%, enquanto no ano a valorização chega a 4,62%.

O mercado de ações também sentiu o impacto, com o índice Ibovespa, da B3, encerrando o dia aos 128.054 pontos, uma queda de 1,41%. A performance do mercado brasileiro seguiu a tendência global, refletindo o recuo das principais bolsas internacionais, que também foram afetadas pelos dados de inflação nos EUA.

A divulgação do Índice de Preços ao Consumidor nos Estados Unidos, que chegou a 0,4% em março, reduziu as expectativas de um corte nas taxas de juros pelo Federal Reserve em junho. Esse cenário, somado às taxas de juros elevadas em economias avançadas, estimula a fuga de capitais de países emergentes, como o Brasil, pressionando o dólar e a bolsa.

Mesmo com a desaceleração da inflação no Brasil em março, com o IPCA atingindo 0,16%, em comparação com os 0,83% de fevereiro, o mercado financeiro nacional não foi capaz de evitar a turbulência. As incertezas políticas e econômicas continuam a influenciar o cenário econômico global, mantendo os investidores em alerta e aumentando a volatilidade nos mercados.

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