Além do Açude Benguê, outros como Olho d’Água, Cachoeira, Santo Antônio de Russas e Ubaldinho também registraram sangria no fim de semana. Destaques para o Maranguapinho, na Região Metropolitana de Fortaleza, e Riacho do Sangue, em Solonópole, que atingiram o limite nesta segunda-feira, demonstrando a recuperação positiva em algumas regiões do estado.
Com um volume total superior a 9,5 bilhões de metros cúbicos nos reservatórios, o número de açudes vertendo em 2024 já supera o registrado no ano anterior nesta mesma data. Atualmente, 14 reservatórios operam com mais de 90% de sua capacidade total, o que representa uma situação confortável em termos de reservas hídricas.
Apesar desses avanços, a bacia hidrográfica dos Sertões de Crateús encontra-se com menos de 23% de sua capacidade hídrica acumulada, enquanto outros 26 reservatórios do Ceará possuem volumes abaixo de 30% da capacidade. Os desafios persistem devido ao clima semiárido da região, com chuvas distribuídas de forma irregular no tempo e espaço, segundo Tércio Tavares, diretor de Operações da Cogerh.
O principal ponto de destaque é o Açude Castanhão, o maior reservatório do Ceará, que ultrapassou 30% da capacidade de armazenamento. Em 2023, foi a primeira vez desde 2014 que o reservatório atingiu essa marca, e no dia 19 de abril a Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh) realizará o 3º Seminário do Projeto “Capacidade de Suporte do Açude Castanhão”, divulgando os resultados da pesquisa sobre a qualidade da água e os múltiplos usos do Castanhão realizada em parceria com a UFC.