Cúpula da Celac discute violação de embaixada do México em Quito e presidente Lula pede desculpas públicas do Equador

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve uma participação de destaque em uma cúpula virtual da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) nesta terça-feira. O encontro, convocado de forma extraordinária pela presidente pro tempore do bloco, Xiomara Castro de Honduras, teve como pauta principal a discussão sobre a invasão da embaixada do México em Quito, no Equador.

A situação delicada envolveu a tentativa de prisão do ex-vice-presidente equatoriano Jorge Glas, que estava abrigado na embaixada mexicana depois de ganhar asilo político do governo mexicano. A ação desencadeou uma crise diplomática entre Equador e México, com o rompimento de relações e a retirada dos diplomatas mexicanos do país.

Durante a reunião, Lula expressou sua indignação com o ocorrido, classificando a invasão da embaixada como inaceitável e um desrespeito à Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas. O ex-presidente brasileiro também endossou a proposta da Bolívia de formar uma comissão de países da Celac para monitorar a situação de Jorge Glas.

Além disso, Lula defendeu a tradição humanitária da América Latina em relação ao direito de asilo diplomático e enfatizou a importância do diálogo e da diplomacia na resolução de conflitos na região. Ele destacou a necessidade de esforços de reaproximação entre Equador e México, ressaltando a importância desses países como parceiros fundamentais para o Brasil e para a integração regional.

O México, por sua vez, apresentou uma queixa contra o Equador na Corte Internacional de Justiça das Nações Unidas, buscando a suspensão do país da ONU até que emita um pedido público de desculpas. Lula apoiou a iniciativa mexicana e destacou a importância da CELAC em trabalhar pela normalização das relações entre os dois países.

Em um cenário de crescente tensão diplomática, a cúpula virtual da Celac contou com a participação ativa do ex-presidente Lula, que buscou promover o diálogo e a busca por soluções pacíficas para os conflitos na região.

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