G20 pode chegar a acordo sobre taxação de super-ricos até novembro, diz ministro da Fazenda, Fernando Haddad

O Grupo dos 20, também conhecido como G20, composto pelas 20 maiores economias do mundo, juntamente com a União Europeia e a União Africana, está cada vez mais próximo de um acordo histórico sobre a taxação dos super-ricos. A informação foi divulgada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que está em viagem aos Estados Unidos, durante uma entrevista coletiva ao lado do ministro das Finanças francês, Bruno Le Maire.

Haddad afirmou que, até novembro, é possível que um comunicado político seja emitido com o consentimento dos membros do G20, destacando a importância e a necessidade de analisar a proposta de taxação dos super-ricos. Esse acordo é vital para resolver uma questão de justiça fiscal e combater a desigualdade econômica que assola muitos países ao redor do mundo.

O ministro ressaltou a importância da coordenação internacional nesse processo, enfatizando que a taxação unicamente por um país seria ineficaz e poderia gerar conflitos de interesse. Ele destacou o apoio do governo do presidente Joe Biden dos Estados Unidos como um aliado nesse esforço global.

Além disso, Haddad alertou para a possibilidade de uma nova crise de endividamento em escala global, decorrente dos gastos relacionados à covid-19 e ao aumento da inflação. Ele salientou que a taxação dos super-ricos é fundamental para reduzir a dívida pública e liberar recursos para políticas de combate à pobreza e à fome.

O ministro encerrou sua declaração elogiando a revisão das projeções do Fundo Monetário Internacional sobre a dívida pública brasileira e reforçou a necessidade de um esforço fiscal mais ambicioso para garantir a estabilidade econômica do país.

Durante sua estadia nos Estados Unidos, Haddad seguirá participando de importantes reuniões e encontros com autoridades internacionais, como a segunda reunião ministerial do G20 e um encontro bilateral com o ministro de Finanças da China, entre outros compromissos na agenda oficial. A expectativa é que essas reuniões contribuam para solidificar o apoio à proposta de taxação dos super-ricos e fortalecer a cooperação econômica global.

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