A manutenção da meta fiscal de 2024 em 2025, anunciada pelo governo no projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2025 (PLN 3/24), foi recebida com desconfiança por alguns deputados. Até o ano passado, o governo dizia que a meta de 2025 seria de um superávit nas contas de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB). Agora, a ideia é equilibrar receitas e despesas, zerar o déficit nos dois anos.

De acordo com o deputado Claudio Cajado (PP-BA), o governo está priorizando o aumento de receitas em detrimento do corte de despesas. Ele acredita que as despesas obrigatórias em ascensão estão limitando drasticamente o orçamento para outras demandas, comprometendo soluções futuras.

Por outro lado, o deputado Mauro Benevides (PDT-CE) defende o equilíbrio das contas como uma meta crucial a ser valorizada. Benevides ressalta que o governo federal tem apresentado déficits primários desde 2014 e reforça a importância de garantir um compromisso para estabilizar as contas.

O deputado Pedro Paulo (PSD-RJ) observa que a mudança nas metas é significativa e amplia o espaço para o crescimento dos gastos. Ele destaca que as margens permitidas pela lei podem facilitar o cumprimento das metas, mesmo que haja uma pequena variação em relação ao alvo.

Pelas regras fiscais, as despesas têm um limite de crescimento equivalente a 70% da variação das receitas, com um teto de aumento de 2,5% em relação ao ano anterior.