Durante o evento em questão, Valadão fez declarações ameaçadoras, afirmando que acabaria com terreiros de umbanda no município e que converteria os dirigentes dos centros espíritas locais. Diante do público presente, o pastor disse: “O tempo da bagunça espiritual acabou. A igreja está na rua. A igreja está de pé. E ainda digo mais, preparem-se para ver muitos centros de umbanda sendo fechados na cidade”.
As investigações da Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância concluíram que as declarações de Valadão configuram intolerância religiosa. O pastor se defendeu, alegando que suas palavras foram proferidas em defesa de sua própria fé e na crença de que pessoas de outras religiões poderiam se converter ao cristianismo.
No entanto, o Relatório encaminhado ao Ministério Público do Rio de Janeiro confirmou a prática de intolerância religiosa por parte de Valadão. A prefeitura de Itaboraí também se pronunciou, alegando que as declarações feitas durante o evento são de responsabilidade dos convidados e artistas, e que o governo municipal não apoia qualquer tipo de intolerância religiosa.
Até o momento, a defesa do pastor Valadão não foi localizada para comentar sobre o caso. A repercussão do indiciamento por intolerância religiosa tem gerado debates e discussões sobre a liberdade religiosa e o respeito às diferentes crenças no Brasil. A sociedade aguarda novas informações sobre o desdobramento desse caso que envolve uma figura pública e religiosa de destaque na região.