Durante uma reunião do G20 em Washington, Campos Neto destacou a importância do câmbio flutuante como um absorvedor de choques econômicos externos. Ele apontou que atualmente há três cenários possíveis: a prolongação da incerteza, o retorno à normalidade em algumas semanas ou uma continuidade da turbulência externa que levaria a uma reprecificação pelo mercado. A autoridade monetária aguardará definições para tomar medidas.
Campos Neto ressaltou que o Brasil está em uma situação menos frágil em comparação a outros países emergentes devido às contas externas robustas, com um alto volume de dólares provenientes das exportações. O dólar forte tem sido uma preocupação global, principalmente após mudanças na política de juros do Federal Reserve dos Estados Unidos.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a mudança de humor do mercado em relação à inflação brasileira e americana evidenciou a sensibilidade dos investidores a fatores externos. A incerteza econômica global também impacta as decisões de política monetária interna. A próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) para discutir a Taxa Selic está marcada para 7 e 8 de maio, com expectativas de possíveis cortes nos juros.
Recentemente, Campos Neto mencionou em uma reunião com investidores nos EUA que a manutenção da incerteza pode resultar em uma redução do ritmo de afrouxamento monetário e até mesmo uma elevação dos juros nos próximos meses. No mercado financeiro nacional, o dólar encerrou em R$ 5,25 e a bolsa de valores teve um dia de estabilidade, refletindo a cautela dos investidores diante do cenário econômico incerto.
