No último dia 17, o Senado Federal aprovou por unanimidade um voto de solidariedade aos alunos da Escola Franciscana Nossa Senhora de Fátima, em Brasília. Os estudantes foram vítimas de insultos raciais durante uma partida de futsal contra o Colégio Galois, no dia 3 de agosto. Entre as ofensas proferidas pelos alunos do Galois estavam termos como “macaco”, “filhos da empregada” e “pobrinhos”.

A iniciativa partiu da senadora Leila Barros (PDT-DF), que apresentou um requerimento visando demonstrar apoio e solidariedade aos jovens atletas. Para a senadora, o episódio reforça a importância de implementar programas e ações de combate ao racismo nas escolas.

“Os jovens deveriam competir com o espírito de fair play, e não com insultos carregados de preconceito e desprezo. O episódio é inaceitável e deve servir como um sinal de alerta definitivo. A sociedade não pode continuar vacilando na educação dos nossos jovens. Quando o racismo entra em campo, a humanidade sai derrotada. Educar não é apenas ensinar a ler e contar, mas também a respeitar e valorizar a todos. É transmitir valores, como igualdade”, defendeu a senadora.

Leila Barros também alertou os senadores para possíveis falhas na abordagem do racismo dentro do ambiente escolar, destacando a importância da Lei 10.639, que tornou obrigatório o ensino da história e da cultura afro-brasileira e africana em todas as escolas, públicas ou particulares.

O senador Flávio Arns (PSB-PR) cobrou ações do Estado e do Colégio Galois em relação ao caso. Ele ressaltou a importância de ensinar valores antirracistas aos jovens desde cedo, afirmando que é fundamental que as autoridades competentes e as famílias estejam envolvidas na resolução do problema.