PGR recorre ao STF contra decisão que permitiu contraventor Rogério Andrade retirar tornozeleira eletrônica

A Procuradoria-Geral da República (PGR) entrou com um recurso no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta sexta-feira (19) contra a decisão do ministro Nunes Marques, que permitiu que o contraventor Rogério Andrade retirasse a tornozeleira eletrônica que estava usando. Andrade estava cumprindo a medida cautelar devido aos processos em que está envolvido no Rio de Janeiro, mas o ministro autorizou a sua retirada após um pedido feito pela defesa do contraventor. No dia anterior, Andrade foi até a Polícia Civil do Rio para retirar o equipamento.

O recurso será analisado pela Segunda Turma do STF, mas ainda não há uma data definida para o julgamento. O contraventor estava em reclusão domiciliar noturna a partir das 18h, como parte das medidas cautelares estabelecidas pela Justiça em 2022, quando foi libertado por uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Rogério Andrade é conhecido por ser o patrono da escola de samba Imperatriz Leopoldinense e por envolver-se no jogo do bicho na zona oeste do Rio de Janeiro e em Angra dos Reis. Ele é investigado na Operação Calígula, que apura a atuação de uma organização criminosa para favorecer negócios ilegais dos envolvidos no esquema.

No entanto, a íntegra da decisão de Nunes Marques está em segredo de Justiça e não foi divulgada publicamente. A PGR argumenta que a retirada da tornozeleira eletrônica pode representar um risco à ordem pública e pede que a medida seja revista. Agora, caberá à Segunda Turma do STF analisar os argumentos das partes envolvidas e decidir sobre o caso.

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