Aliança entre Rússia e China surpreende em meio à guerra na Ucrânia, avaliam especialistas em relações internacionais.




Guerra entre Rússia e Ucrânia

Desde o início da guerra entre a Rússia e a Ucrânia, diversas previsões e expectativas foram feitas quanto aos desdobramentos econômicos e políticos do conflito. No entanto, após dois anos de confronto, muitas dessas previsões foram desafiadas e novas realidades surgiram, surpreendendo analistas e observadores internacionais.

O professor e coordenador do Observatório de Política Externa e Inserção Internacional do Brasil, Gilberto Maringoni, destacou que a Rússia, que inicialmente se esperava que entraria em recessão devido ao conflito, teve um crescimento surpreendente. Ele ressaltou que a capacidade do país de contornar o bloqueio econômico e se aproximar do mercado asiático, principalmente chinês, foi um fator determinante nesse cenário inesperado.

Outro aspecto relevante levantado pelo professor de Relações Internacionais do Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP), Robson Valez, foi a ineficácia das sanções econômicas impostas à Rússia. Contrariando expectativas, as sanções não foram capazes de deter os objetivos de Vladimir Putin na região leste da Ucrânia.

Além disso, as pesquisas de Valez mostram que as sanções econômicas têm um impacto limitado e muitas vezes acabam fortalecendo os líderes locais contra os países que impõem tais medidas. A aliança entre Rússia e China, fortalecida antes do início do conflito, também gerou impactos significativos na geopolítica internacional.

Na avaliação dos especialistas, a situação atual da Rússia na guerra é mais favorável do que a da Ucrânia e seus aliados. Com custos políticos e econômicos mais amargos para a Ucrânia, analistas acreditam que será difícil para o país evitar perdas territoriais e desmilitarização após o fim do conflito.

Diante desse contexto, a guerra na Ucrânia tem causado repercussões e efeitos inesperados, unindo potências como China, Rússia e Irã diante dos desafios impostos pelos Estados Unidos e União Europeia. A incerteza quanto aos desdobramentos futuros coloca em xeque a estabilidade geopolítica da região e as consequências para a economia global.


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