Ana Estrada: A luta pela morte digna e o legado de autonomia e empatia que deixa para outros casos.






Decisão histórica: Ana Estrada obtém direito à morte digna

Na última segunda-feira, uma decisão histórica foi tomada no Peru, quando Ana Estrada obteve o direito à morte digna. Em entrevista ao UOL, Ana afirmou que, finalmente, se sentia livre. “Amo tanto a vida e a respeito tanto, que desejo que meu último momento continue assim, amando a vida. Não com dor e sofrimento. Lutei para não guardar a sensação de tristeza e rancor que sofri quando estive internada em uma UTI. Lutei pela minha vida”.

Ana Estrada, conhecida por sua atuação em textos e poesias em um blog e por combater estereótipos sobre mulheres com doenças degenerativas, também realizou ensaios fotográficos onde refletia sobre a beleza de seu corpo marcado por intervenções médicas.

A notícia do falecimento de Ana foi divulgada por sua advogada, Josefina Miro Quesada, que destacou que Ana morreu em seus próprios termos, de acordo com sua ideia de dignidade e em pleno controle de sua autonomia até o final.

“Partiu agradecida com todas as pessoas que deram eco à sua voz, que a acompanharam em sua luta e que, de maneira incondicional, apoiaram sua decisão com amor e empatia.” – Josefina Miro Quesada, advogada de Ana Estrada

Precedentes

A decisão de Ana abriu precedentes para outros casos semelhantes. Em fevereiro, Maria Benito Orihuela, portadora de Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), também obteve na Justiça do país o direito à morte digna, mas ainda não conseguiu o cumprimento da decisão.


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