Argentina aguarda novo governo com esperança e temor diante do cenário econômico e social instável

“Confesso que espero que ele não cumpra metade do que prometeu. Temo que a desigualdade social aumente, junto com a insegurança e a vida das pessoa piore”, destacou.

Nem esperança, nem medo: resignados

E ainda há um grupo de resignados, que não confia em Milei mas acredita que a vida pode melhorar. “Eu não confio em nenhum político. Amanhã, por exemplo, não estarei na posse e acho que ninguém deveria ir. Só assim os políticos se preocuparão com as pessoa, quando não tiverem mais torcida organizada”, desabafou o pedreiro Herasmo Galeano, de 57 anos, que reclama que o maior medo é de que a inflação siga comento o seu salário.

Atualmente, a Argentina acumula uma inflação de 142% nos últimos 12 meses e a taxa de pobreza chegou a 43%, tendo aumentado 7% em menos de dois anos, de acordo com dados oficiais. O dólar paralelo, conhecido como “blue”, passou os três dígitos e chegou a uma cotação de mais de mil pesos argentinos para 1 dólar. O dólar “blue” é o responsável por determinar o preço dos produtos e serviços no país, ou seja, se o dólar sobe, os preços sobem. O salário, no entanto, não acompanha a inflação.

Evangélicos oram por novo presidente

No entorno do Congresso, onde será a posse de Milei, um grupo de evangélicos ora e pede a proteção dos céus ao novo presidente. “Não somos nem a favor e nem contra Milei. Somos a favor da Argentina. Sempre oramos em prol do novo presidente pra fazer um novo governo”, afirmou o pastor Alê Gomez, com sua camisa escrita “Jesus”.

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