Proposta de R$ 90 bilhões da Samarco para reparação é recusada pelo governo em meio a tratativas para acordo de danos.

A proposta apresentada pelas mineradoras Samarco, Vale e BHP Billiton para um novo acordo de reparação dos danos causados no rompimento da barragem em 2015 foi recusada pela União e governo do Espírito Santo. Após as mineradoras oferecerem destinar mais de R$ 90 bilhões para as medidas reparatórias, a proposta foi considerada um retrocesso em relação ao acordo discutido em dezembro de 2023.

Segundo a União e o governo capixaba, a nova proposta não condiz com as necessidades reais e desconsidera questões já acordadas anteriormente. O aumento do valor oferecido pelas empresas foi acompanhado por uma redução significativa nas obrigações que já haviam sido acordadas, o que tornou as condições inaceitáveis.

Enquanto o governo mineiro expressou interesse em avançar nas negociações com base na nova proposta, destacando melhorias técnicas, reforçou a necessidade de reparação rápida às pessoas e municípios afetados pelo desastre de Mariana. A busca por uma solução que traga justiça efetiva e rápida para os atingidos é prioridade.

O rompimento da barragem da Samarco em 2015 resultou em vítimas, imensos impactos ambientais e incontáveis problemas não resolvidos até hoje. O acordo firmado em 2016 estabeleceu ações reparatórias diversas, mas após mais de oito anos, a negociação para a repactuação do acordo de reparação dos danos ainda não foi concluída.

As discussões estão em curso em uma mesa no Tribunal Regional Federal da 6ª Região e mediadas por um desembargador federal. A União e o governo capixaba reforçaram o interesse em seguir com as tratativas desde que novas propostas estejam próximas do acordo estabelecido em dezembro de 2023.

Se aproximando das audiências que avaliarão a responsabilidade pela tragédia marcadas para outubro, as mineradoras enfrentam processos judiciais no Brasil e no Reino Unido movidos por vítimas em busca de reparação. Enquanto isso, as entidades representantes dos atingidos consideram a nova proposta insuficiente diante da gravidade dos impactos causados e defendem uma reparação integral equivalente a R$ 500 bilhões.

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