Conflito entre governo sul-coreano e médicos

A Associação Médica Coreana e os estudantes de medicina se opuseram veementemente ao plano do governo de aumentar o número de profissionais de saúde no país. Ambas as partes comprometeram-se a tomar medidas, mas ainda não divulgaram detalhes sobre suas estratégias.

O primeiro-ministro Han Duck-soo alertou que quaisquer ações que resultem na saída de médicos de seus empregos ou na criação de um vácuo na prestação de serviços de saúde prejudicarão diretamente a população.

Em comunicado, Han ressaltou a gravidade da situação, afirmando que “isso é algo que tira a vida e a saúde das pessoas fazendo-as reféns, e isso não deve acontecer”, em referência à planejada demissão em massa de médicos estagiários.

Os médicos e estudantes de medicina argumentam que há profissionais em número suficiente no país e que aumentar essa quantidade resultaria em cuidados médicos desnecessários, além de agravar as finanças do plano nacional de seguro de saúde.

Além disso, eles afirmam que o plano do governo não abordará a sobrecarga dos grandes hospitais universitários e a falta de incentivos para que os médicos exerçam a profissão em áreas essenciais, como pediatria, obstetrícia e medicina de emergência.

Entretanto, o governo defende que o país deve começar a formar novos médicos imediatamente, prevendo um déficit de 15 mil profissionais em 2035.