Ataque hacker à conta da primeira-dama Rosângela da Silva expõe conivência das redes sociais com discursos de ódio







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Primeira-dama Janja volta às redes após ataque hacker

A primeira-dama Rosângela da Silva, conhecida como Janja, decidiu retomar suas postagens no antigo Twitter após ter sua conta invadida por um hacker na noite de segunda-feira. Após uma semana de reflexão, Janja criticou a plataforma por considerá-la conivente com discursos de ódio e fez duras cobranças às empresas de tecnologia.

Segundo a socióloga, que é esposa do ex-presidente Lula, o ataque hacker a fez ponderar se voltaria ou não para a plataforma, mas optou por permanecer ativa para lutar contra a violência que atinge as mulheres. Ela também aproveitou para relatar a demora dos administradores do Twitter em congelar seu perfil e a burocracia para recuperá-lo após o incidente.

Janja deixou claro que se sentiu exposta, agredida e ameaçada durante o episódio e ressaltou o apoio que recebeu de diversas pessoas. Além disso, ela mencionou a invasão de seu email e perfil no LinkedIn, demonstrando a amplitude do ataque cibernético.

Ações da Polícia Federal resultaram na identificação do adolescente de 17 anos residente em Sobradinho (DF) como responsável pela invasão. A primeira-dama lamentou o ocorrido, afirmando ser triste que alguém esteja disposto a disseminar ódio e repulsa às mulheres.

Além de cobrar medidas das empresas de tecnologia para coibir crimes de ódio, Janja ressaltou a importância de investigar e punir as redes subterrâneas que perpetuam esse tipo de violência virtual. Ela chamou a sociedade para engajar-se na luta contra esse tipo de crime, visando proporcionar mais segurança para as mulheres no ambiente digital.

O caso de invasão à conta da primeira-dama também foi repudiado pela Secom (Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República), que enfatizou não tolerar crimes, discursos misóginos, ódio e intolerância nas redes sociais. A invasão está sendo investigada no âmbito do inquérito das milícias digitais, conduzido pelo ministro do STF Alexandre de Moraes.

O ataque à conta de Janja durou aproximadamente uma hora e meia e gerou revolta pela demora no congelamento do perfil e na recuperação da conta, além de levantar debates sobre a responsabilidade das plataformas em coibir discursos de ódio e violência contra as mulheres.

Com mais de 1,2 milhão de seguidores, a primeira-dama espera que sua atuação nas redes sociais se converta em uma força militar contra a violência virtual, com o objetivo de proporcionar um ambiente mais seguro e acolhedor para todas as mulheres.


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