Ativista brasileira coloca-se sob proteção diplomática francesa devido a ameaças sofridas por seu ativismo em Brumadinho.

Os laureados, às vezes ameaçados em seus próprios países por causa de suas ações em favor dos direitos humanos, são colocados sob a proteção diplomática das embaixadas francesas no exterior.

Em entrevista exclusiva à RFI, Marina Paula Oliveira, ativista de Brumadinho, revelou que devido às ameaças e intimidações que enfrentou por causa de seu ativismo, foi acolhida no programa de proteção francês em 2022. Ela ressaltou a importância desse suporte para continuar seu trabalho em prol dos direitos humanos.

“Eu sei que nós não somos casos especiais, mas a gente vai buscando junto com organizações parceiras maneiras de nos proteger para continuar nessa luta, pois a luta não é opcional. A gente tem que continuar fazendo ela, mas existem formas de continuar fazendo ela e tentar minimizar riscos e assim temos tentado fazer nos últimos anos”, declarou a jovem ativista.

O caso de Brumadinho

Marina se tornou uma ativista ambiental e defensora dos direitos humanos desde o rompimento da barragem de mineração de Brumadinho, sua cidade natal, em 25 de janeiro de 2019.

A barragem, que recebia os resíduos das operações de mineração da Vale, desmoronou, varrendo toneladas de lama contaminada e matando quase 300 pessoas, incluindo muitos conhecidos e amigos dela. Durante um discurso diante do ministro das Relações Exteriores, Olivier Brecht, e do presidente da CNCDH, Jean-Marie Burguburu, ela relembrava as vítimas com fotografias estampadas em sua camiseta.

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