Ex-líder de Mianmar Aung San Suu Kyi é transferida para prisão domiciliar
A ex-líder de Mianmar, Aung San Suu Kyi, de 78 anos, foi transferida da cadeia de Naypyitaw para prisão domiciliar, informou um porta-voz da junta militar local à imprensa. O major-general Zaw Min Tun enfatizou que a transferência não foi apenas para Suu Kyi, mas para todos os prisioneiros idosos que precisam de precauções especiais devido ao calor extremo na região.
Suu Kyi está detida desde que o Exército derrubou seu governo em um golpe de Estado em 2021. Atualmente, ela enfrenta uma sentença de 27 anos de prisão por diferentes acusações, incluindo traição, suborno e violações da lei de telecomunicações, todas as quais ela nega veementemente.
O filho de Suu Kyi, Kim Aris, revelou em fevereiro que sua mãe estava em confinamento solitário, mas mantinha o bom humor, apesar de não estar tão saudável quanto antes. Outro líder deposto, U Win Myint, também foi transferido para prisão domiciliar.
O governo de unidade nacional, que opera no exílio, pediu a libertação incondicional de Suu Kyi e U Win Myint. O porta-voz Kyaw Zaw ressaltou a importância de garantir a saúde e segurança dos líderes políticos em prisão domiciliar.
Após o golpe, Suu Kyi enfrentou inúmeros julgamentos e acusações, levando a comunidade internacional a considerar os processos como uma farsa. Líderes mundiais e ativistas pró-democracia têm pedido repetidamente a libertação de Suu Kyi, vencedora do Nobel da Paz em 1991 e símbolo da luta pela democracia em Mianmar.
Liberdade e Justiça
As ações da junta militar em Mianmar continuam sob escrutínio internacional, com a pressão aumentando para garantir a libertação de Suu Kyi e a restauração da democracia no país. O mundo aguarda atentamente os desdobramentos desse cenário político delicado e complexo.
