BC revisa projeção para crescimento do crédito em 2023 para 7,3%, abaixo das expectativas anteriores.



BC reduz estimativa de expansão do crédito em 2023 para 7,3%

BC reduz estimativa de expansão do crédito em 2023 para 7,3%

O Banco Central (BC) revisou para baixo sua estimativa de expansão do crédito para o ano de 2023, reduzindo de 10,5% para 7,3%. A nova projeção foi divulgada nesta terça-feira (27) pelo presidente do BC, em coletiva de imprensa para apresentação do relatório trimestral de inflação.

De acordo com o documento, a redução na estimativa se deve ao ambiente de menor crescimento econômico esperado para os próximos anos. A projeção inicial, divulgada no último relatório trimestral, considerava uma expectativa de crescimento de 2,2% para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2022, mas agora foi revisada para 1,8%.

Segundo o presidente do BC, essa revisão reflete as incertezas em relação à retomada da economia, que está sendo afetada pela persistência da pandemia de COVID-19 e por outros fatores, como a escassez de matérias-primas e o aumento nos preços.

A redução na estimativa de expansão do crédito também é influenciada pelo cenário de aumento da taxa básica de juros, a Selic. O BC vem adotando uma postura mais rígida em relação à política monetária, elevando a taxa Selic para conter a inflação e as pressões inflacionárias. Essa medida tem impacto direto sobre as taxas de juros dos empréstimos, o que pode desestimular a tomada de crédito por parte dos consumidores e empresas.

As estimativas para o crédito voltado para pessoas físicas também foram revisadas para baixo. A expectativa anterior era de uma expansão de 12,2% em 2023, mas agora foi reduzida para 9,1%. Já o crédito direcionado para empresas teve sua projeção reduzida de 9,7% para 5,7%.

Apesar da revisão para baixo, o presidente do BC ressaltou que a expectativa de expansão do crédito ainda é positiva e reflete a recuperação gradual da economia. No entanto, ele alertou para a importância de manter a disciplina fiscal e adotar políticas que promovam o crescimento sustentável do crédito, evitando o endividamento excessivo e a geração de riscos para o sistema financeiro.


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