Cartazes de “Guerra Civil” causam polêmica nos EUA por uso de inteligência artificial e erros de representação das cidades.






Polêmica no uso de inteligência artificial em cartazes de “Guerra Civil”

Polêmica no uso de inteligência artificial em cartazes de “Guerra Civil”

A utilização de inteligência artificial na criação de uma série de cartazes do filme “Guerra Civil” tem sido alvo de controvérsia nos Estados Unidos. As imagens, usadas para promover o filme em redes sociais e pontos físicos, tem gerado discussões devido às cidades destruídas retratadas nos cartazes, as quais não fazem parte da trama do filme.

Ao dispensar o trabalho de designers gráficos, a série de cartazes acaba apresentando problemas, como cenas inexistentes na história do filme. Embora o uso de imagens inéditas na divulgação de filmes não seja incomum, a combinação desses problemas levou espectadores a expressarem suas críticas nas redes sociais.

Em um dos cartazes, por exemplo, é possível observar um carro com três portas de um único lado em ruas destruídas de Miami. Já em outro cartaz, as torres do complexo Marina City aparecem em lados opostos do rio Chicago, quando na realidade ficam lado a lado. Além disso, há a representação de um bote de soldados se aproximando de um pedalinho em forma de cisne, que mais parece com o próprio animal do que com uma embarcação.

De acordo com uma fonte envolvida na divulgação do filme, que preferiu não se identificar, os cartazes foram concebidos para ajudar o espectador a visualizar os impactos da guerra civil retratada no filme, mesmo que as cenas não estejam presentes na trama em si. Essas imagens contribuem para dar peso ao grande “e se…” que guia o roteiro do longa-metragem.

A controvérsia surge em um contexto de greves em Hollywood que impactaram a produção televisiva e cinematográfica no ano passado. Uma das principais motivações das greves foi o uso de inteligência artificial em diferentes etapas da produção de séries e filmes, o que gerou debates acalorados no setor.

Ironicamente, a produtora A24 foi uma das poucas autorizadas pelo sindicato dos atores dos Estados Unidos a continuar gravando e promovendo suas estreias durante a paralisação, devido ao comprometimento da empresa com os termos do acordo proposto pelo sindicato para os estúdios.


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