As investigações tiveram início a partir dos desdobramentos de uma decisão monocrática proferida pelo desembargador, que concedeu liminarmente, durante um plantão judiciário, um habeas corpus para o narcotraficante Gerson Palermo. A decisão é de abril de 2020 e o criminoso é considerado de alta periculosidade.
O habeas corpus concedeu a Palermo prisão domiciliar condicionada à monitoração eletrônica do condenado. Segundo a PF, ele está vinculado a uma facção criminosa e ostenta “vasto histórico de envolvimento em crimes de tráfico internacional de drogas, lavagem de capitais e organização criminosa”.
Embora a decisão de Maran tenha sido revogada no dia seguinte por outro desembargador, Palermo já havia rompido a tornozeleira eletrônica e fugido. Ele não foi recapturado até hoje.
Os crimes investigados são de corrupção passiva e lavagem de capitais, segundo a PF. As investigações seguem em segredo de justiça no âmbito do STJ.
O UOL entrou em contato com o TJ-MS, em busca de um pronunciamento do tribunal e também do próprio desembargador, mas até o momento não houve resposta aos pedidos.
Em nota publicada em seu site oficial, a OAB-MS (Ordem dos Advogados do Brasil de Mato Grosso do Sul) informou que, além das medidas cumpridas no Tribunal de Justiça do estado, a ação da PF mira ainda outros advogados inscritos na seccional.
Investigações do TJ-MS: Desembargador concede liminar em caso de narcotraficante
Um caso que tem gerado polêmica teve início a partir dos desdobramentos de uma decisão monocrática proferida pelo desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, que concedeu liminarmente, durante um plantão judiciário, um habeas corpus para o narcotraficante Gerson Palermo. A decisão é de abril de 2020 e o criminoso é considerado de alta periculosidade.
O habeas corpus concedeu a Palermo prisão domiciliar condicionada à monitoração eletrônica do condenado. De acordo com informações da Polícia Federal, o narcotraficante está vinculado a uma facção criminosa e ostenta um vasto histórico de envolvimento em crimes de tráfico internacional de drogas, lavagem de capitais e organização criminosa.
Apesar de a decisão do desembargador ter sido revogada no dia seguinte por outro membro do tribunal, Palermo já havia rompido a tornozeleira eletrônica e fugido. Até o momento, ele não foi recapturado. Os crimes investigados são de corrupção passiva e lavagem de capitais, de acordo com informações da Polícia Federal. As investigações seguem em segredo de justiça no âmbito do Superior Tribunal de Justiça.
Procurado pelo UOL, o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul ainda não emitiu um pronunciamento sobre o caso. Enquanto isso, a Ordem dos Advogados do Brasil – seccional Mato Grosso do Sul – informou em nota publicada em seu site oficial que a ação da Polícia Federal também mira outros advogados inscritos na seccional.
Essa situação tem gerado grande repercussão no estado e no país, levantando questionamentos sobre a atuação do sistema judiciário em casos delicados como este, envolvendo criminosos de alta periculosidade. O caso segue em desenvolvimento e mais informações devem ser divulgadas em breve.