Escândalo na gestão municipal: Vereadores querem convocar secretário de Infraestrutura em meio a suspeitas de conluio em contratos.




Investigação em contratos públicos gera polêmica na Câmara Municipal

Vereadores também querem convocar secretário de Infraestrutura

Os parlamentares anunciaram que vão entrar com representações no MPSP (Ministério Público de São Paulo) e no TCM (Tribunal de Contas do Município) e ainda apresentaram um pedido de convocação de Marcos Monteiro, secretário municipal de Infraestrutura Urbana e Obras.

Mais cedo, TCM disse que já analisa os contratos citados pelo UOL. Em nota, o Tribunal informou que, no momento, “colhe os posicionamentos de suas respectivas áreas técnicas”. O caso está sob a relatoria do conselheiro Domingos Dissei.

Indícios de conluio

Reportagem apontou indícios de combinação de preços em 223 casos. Os acordos se referem a contenções de encostas, intervenções em margens de rios e outras obras emergenciais realizadas sob a gestão do prefeito Ricardo Nunes. Dos 307 contratos, em 171 apenas o vencedor apresentou desconto relevante; em outros 52, os demais concorrentes ofereceram descontos irrisórios.

Valores somam R$ 4,3 bilhões, ou 87% do total contratado. Os acordos são resultado de um aumento substancial na quantidade de obras supostamente emergenciais: entre 2021, quando assumiu a prefeitura, e o final de 2023, Nunes gastou R$ 4,9 bilhões neste modelo. Juntos, os último quatro prefeitos gastaram quase R$ 950 milhões neste tipo de contrato, aponta a investigação do UOL.

Prefeitura afirma que a reportagem do UOL faz ‘ilações’. Questionada sobre o caso, a assessoria de Nunes disse em nota que “tais alegações não têm relação com a atuação da gestão municipal e servem a objetivos eleitorais, induzindo o público a equívoco”. A resposta na íntegra está disponível neste link.


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