Esquema de fraude em contratos de R$ 200 milhões em prefeituras de SP leva à prisão de vereadores e advogado do PCC.




Três vereadores são presos em esquema de fraude milionário

Três vereadores presos em operação contra esquema de corrupção em São Paulo

No dia 16 de março, três vereadores foram presos sob suspeita de envolvimento em um grande esquema de fraude em contratos de R$ 200 milhões de prefeituras e Câmaras Municipais de São Paulo. A Operação Muditia, desencadeada pelo Ministério Público estadual e pela Polícia Militar, teve como alvo um grupo apontado como elo do Primeiro Comando da Capital (PCC) com administrações municipais e legislativos.

Os vereadores Flávio Batista de Souza, Luiz Carlos Alves Dias e Ricardo Queixão foram detidos durante a operação. Além deles, mais 10 investigados também foram presos e mais de 40 endereços foram vasculhados em cidades como Guarulhos, São Paulo, Ferraz de Vasconcelos, Cubatão, entre outras.

Entre os materiais apreendidos durante as diligências estão 22 celulares, 22 computadores, quatro armas de fogo, cheques no valor de R$ 3,5 milhões, R$ 600 mil em espécie e US$ 8,7 mil. As autoridades destacaram que o grupo sob investigação fazia uso de empresas “parceiras”, controladas por pessoas ligadas ao PCC ou laranjas, para favorecer contratações de interesse da facção criminosa.

A investigação aponta para um esquema de corrupção sistemática, envolvendo agentes públicos e políticos que recebiam propinas por meio de transferências Pix. A Promotoria identificou desvios em contratos com simulação de competição nos últimos cinco anos, em diversas prefeituras e Câmaras Municipais do Estado.

Além dos vereadores, um advogado do líder do PCC, André do Rap, também foi detido. Áureo Tupinambá de Oliveira Fausto Filho, que representava André do Rap em ações na Justiça, é suspeito de envolvimento com desvios de recursos públicos e conexão com servidores e políticos.

A operação realizada ontem e a anterior, conhecida como Fim da Linha, que investigava lavagem de dinheiro do PCC em empresas de ônibus com contratos com a Prefeitura de São Paulo, revelam a atuação sofisticada da facção criminosa em áreas que vão além do tráfico de drogas e crimes violentos.

Até o momento, as defesas dos presos na operação não se pronunciaram e as investigações continuam em andamento.

Por: Jornalista Anônimo


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