Esteticista americana é detida na Rússia após doar para instituição ucraniana
Ksenia Karelina foi detida em Yekaterinburg, na Rússia, após doar US$ 51,80 (cerca de R$ 250) para uma instituição de caridade ucraniana em 2022, no início da guerra. A informação foi divulgada pelo Ciel Spa, empresa em que a esteticista trabalhava nos EUA, e causou comoção tanto nos Estados Unidos quanto na Rússia.
A esteticista, que tem dupla cidadania, estava visitando familiares na Rússia, quando foi acusada de traição por supostamente apoiar a Ucrânia. A acusação foi veiculada pela mídia estatal russa, que publicou um vídeo de Ksenia sendo conduzida por um guarda com os olhos vendados, em direção a uma suposta audiência judicial.
A repercussão do caso levou a Organização Razom for Ukraine a se pronunciar, afirmando que presta serviços humanitários e que estava “chocada” com as acusações contra Ksenia. Além de trabalhar no spa, a esteticista também é bailarina amadora, o que ampliou o apoio público à sua causa.
🚨 Russia: American and Russian dual citizen, 33 year old woman charged with treason in Yekaterinburg. She was identified as partaking in anti-Kremlin / pro-Ukraine public gatherings in Los Angeles, where she lives, before visiting Russia.
PEOPLE – DO NOT GO TO RUSSIA. pic.twitter.com/AE9X0lwEqv— Igor Sushko (@igorsushko) February 20, 2024
Em resposta às acusações, o governo dos Estados Unidos afirmou que “muitas vezes temos dificuldade em obter assistência consular” em casos como o de Ksenia, devido à falta de reconhecimento da dupla cidadania pela Rússia. No entanto, o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, garantiu que buscarão assistência em todos os casos em que um cidadão americano for detido em solo russo.