Estudo de sociólogo da Universidade de Berkeley revela impacto prejudicial da hegemonia das imagens na web sobre o preconceito de gênero.






Estudo aponta hegemonia de imagens masculinas na web

Um estudo conduzido por Douglas Guilbeault, professor de sociologia da computação na Universidade norte-americana de Berkeley, revelou que a hegemonia das imagens masculinas na internet tem um efeito psicológico claro e definitivo sobre os usuários. De acordo com Guilbeault, essa predominância exacerba o preconceito de gênero, prejudicando as mulheres.

A descoberta, considerada alarmante pelo pesquisador, levanta a preocupação com a possível consequência de reforçar estereótipos prejudiciais, tanto para as mulheres quanto para os homens. Para Solène Delecourt, coautora do estudo e também professora em Berkeley, o impacto das imagens na formação de conceitos sobre profissões e gênero é evidente, principalmente para crianças, que podem se sentir excluídas com a falta de representatividade na web.

Multiplicação do “efeito silencioso”

Segundo o estudo, o problema é agravado pelo “efeito silencioso” das imagens, que é multiplicado por sua ampla distribuição na web. As imagens são mais facilmente memorizadas e emocionalmente evocativas do que o texto, o que contribui para a internalização dos estereótipos de gênero.

Para chegar a essas conclusões, a equipe de Douglas Guilbeault analisou mais de um milhão de imagens extraídas automaticamente do Google, da Wikipedia e do banco de dados de filmes IMDb, além de um corpus de pesquisa de mais de cem bilhões de palavras no Google News.



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