Nomeação de filha de Valéria Bolsonaro para cargo na Alesp gera polêmica
Uma decisão recente na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) tem causado polêmica. Ana Beatriz Ramos Bolsonaro, de 21 anos e filha da deputada Valéria Bolsonaro (PL-SP), foi nomeada para o cargo de secretária especial parlamentar, a pedido do gabinete do deputado André Bueno (PL-SP), que assumiu a vaga de Valéria na Casa Legislativa.
A nomeação, com salário de R$ 14.956, foi publicada no Diário Oficial do Estado na última terça-feira, uma semana após a mãe deixar a vaga na Alesp para assumir a Secretaria de Políticas para a Mulher de São Paulo, nomeada pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).
O deputado Bueno, que está atualmente viajando a trabalho, não se manifestou sobre a decisão. Ele afirmou, ao assumir o mandato, que seu foco seria um trabalho específico de proteção das pessoas mais vulneráveis.
A escolha de Ana para o cargo na Alesp é vista como uma maneira de manter a proximidade com o padrinho político da deputada, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Este movimento acontece em um momento em que o governador de São Paulo e o prefeito da capital têm exonerado diversos secretários e diretores que pretendem concorrer a cargos nas eleições municipais.
A situação se torna ainda mais delicada considerando a possibilidade de Sonaira Fernandes (PL), antecessora de Valéria no cargo, concorrer novamente como vereadora ou até mesmo ser vice na chapa do prefeito Ricardo Nunes (MDB), que conta com o apoio de Tarcísio.
