O Fluminense de Fernando Diniz está prestes a disputar a final da Libertadores contra o Boca Juniors, neste sábado (4), às 17h, no Maracanã, no Rio de Janeiro. Essa partida é marcada por tensões entre torcedores que resultaram em pancadaria em Copacabana na última quinta-feira (2).
Totalizando seis títulos do torneio continental, o Boca Juniors enfrentará o Fluminense, equipe brasileira em busca de seu primeiro título da Libertadores. A última vez que o time carioca chegou tão perto do troféu foi há 15 anos, quando perdeu nos pênaltis para a LDU, do Equador.
Dessa vez, com Fernando Diniz à frente do time, o Fluminense chega à grande final confiante em seu estilo de jogo e na artilharia de Cano. Contra o Boca Juniors, o Fluminense colocará à prova seu estilo mais cadenciado e a posse de bola.
Já o Boca Juniors enfrentou alguns obstáculos para alcançar a final, empatando todas as partidas eliminatórias, desde as oitavas de final até a semifinal contra o Palmeiras.
Boa parte dessa campanha se deve ao goleiro Romero, que defendeu seis pênaltis ao longo do mata-mata. Enquanto o goleiro ganhou destaque, Cavani, uma estrela do futebol mundial, passou pelo Boca sem muito protagonismo, marcando apenas três gols no torneio.
O técnico Fernando Diniz, contratado em abril de 2022, acumula 104 jogos à frente do Fluminense, com 58 vitórias, 26 derrotas e 20 empates. Neste ano, ele já conquistou o título do Campeonato Carioca. Além de comandar o Fluminense, Diniz assumiu a seleção brasileira em setembro deste ano.
O treinador tem pedido respeito aos argentinos e afirmou estar preparado para qualquer resultado: “Não estou a mercê da bola que vai entrar e daquela que não vai entrar. Vou fazer o meu melhor. Se não fosse assim, estaria mais propenso a ter um resultado que não gostaria, porque estaria mais ansioso do que estou”, disse Diniz.
O grande vencedor desta final, além do troféu, receberá uma premiação de US$ 18 milhões (R$ 88 milhões). Até o momento, Fluminense e Boca Juniors já arrecadaram US$ 9 milhões cada um ao longo do torneio.
Pelo retrospecto atual, o Fluminense chega como favorito. O desempenho do Boca tem sido questionado, marcando apenas 12 gols em 12 jogos e avançando para a final apenas nas disputas por pênaltis.
Essa situação, no entanto, incomoda os torcedores do Fluminense, que lembram do caso da LDU em 2008, onde a equipe equatoriana apresentava um retrospecto semelhante e venceu o Fluminense no Maracanã.
A tensão entre as torcidas levou a Conmebol a convocar uma reunião com lideranças do Fluminense, do Boca Juniors, da AFA (Associação do Futebol Argentino) e da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) na sexta-feira (3). Durante o encontro, a segurança foi o tema central e foram discutidas possíveis medidas para minimizar o contato entre as torcidas.
Nenhum anúncio oficial foi feito sobre novas medidas de segurança. No entanto, a Polícia Militar do Rio de Janeiro está reforçando o efetivo em Copacabana, local onde ocorreram brigas entre torcedores, com policiais de diferentes batalhões.
No dia da final, mais de 2.240 policiais serão mobilizados nas áreas do Maracanã, nos locais de concentração das duas torcidas, nos pontos de entrada da cidade e nos centros de treinamento e hotéis onde as equipes estarão hospedadas.
Após a reunião, os presidentes do Fluminense e do Boca Juniors publicaram vídeos juntos nas redes sociais pedindo calma aos torcedores e destacando a importância de um ambiente pacífico durante o jogo.
As torcidas organizadas do Fluminense também emitiram um comunicado afirmando que irão cessar os conflitos com os torcedores do Boca Juniors e punirão os integrantes envolvidos em atos de violência.
Apesar de todas as tensões, a expectativa é de que a partida seja um grande espetáculo. Resta aos torcedores respeitarem o resultado do jogo e aproveitarem o momento de paz e alegria.
Até o momento, as autoridades não anunciaram nenhuma mudança em relação à presença de torcedores no estádio durante o jogo.
