Gastos com militares têm leve queda, mas peso do Ministério da Defesa diminui no total do orçamento.

José Roberto de Toledo analisa o aumento dos gastos com a defesa nacional e o Ministério da Defesa durante os primeiros anos do governo Bolsonaro. No primeiro ano do governo Bolsonaro, houve um aumento de 5% nos gastos com a função defesa nacional, mostrando uma priorização dessa categoria. No entanto, ao longo do governo Bolsonaro, houve uma queda nos gastos com os militares, indicando uma mudança de prioridades. No entanto, Toledo destaca que grande parte desses gastos são direcionados para custear militares inativos, o que indica que o dinheiro pode estar sendo mal gasto.

De acordo com Toledo, a maior parte dos gastos com a defesa nacional é voltada para o pagamento de salários de militares ativos e inativos, representando uma parcela significativa do orçamento. Ele ressalta que essa proporção está crescendo e que em alguns anos os gastos com militares inativos podem superar os gastos com ativos. Além disso, Toledo argumenta que o país não está em guerra, o que questiona a necessidade de um gasto excessivo com militares da reserva. Ele destaca que esse cenário acaba prejudicando áreas que poderiam ter um maior investimento, como a segurança pública.

Em relação ao governo Lula, Toledo aponta que, apesar da leve tendência de queda ao longo do governo Bolsonaro, os gastos com a função defesa nacional caíram 12% no primeiro ano do mandato de Lula. Isso indica uma mudança significativa de prioridades em relação ao gasto militar entre os dois governos.

Por fim, o colunista ressalta que o Brasil investe muito mais em defesa nacional do que em segurança pública, o que pode indicar um desequilíbrio nos investimentos. Ele argumenta que o dinheiro está sendo mal gasto e que a priorização dos gastos com militares inativos pode prejudicar áreas mais prioritárias para o país.

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