A República da Turquia foi proclamada em 29 de outubro de 1923, depois do fim do Império Otomano que governou a região por séculos. Desde então, o país tem buscado consolidar sua identidade política, cultural e social, promovendo reformas modernizadoras e defendendo o secularismo.
Neste centenário, o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, tinha planejado uma série de eventos e cerimônias para celebrar a data em grande estilo. No entanto, a escalada de tensões no Oriente Médio, com confrontos violentos entre Israel e o Hamas, acabou desviando a atenção e trazendo um sentimento de tristeza e preocupação.
A Turquia tem uma relação histórica e complexa com Israel, que já passou por altos e baixos nos últimos anos. Erdogan, líder do partido islâmico AKP, adotou uma postura mais contrária a Israel nos últimos anos, criticando suas políticas em relação aos palestinos. Essas críticas têm gerado atritos diplomáticos e agravado as tensões entre os dois países.
A atual guerra entre Israel e o Hamas tem causado impacto não só na região, mas também nas relações internacionais. Muitos países têm se posicionado em favor de Israel ou do Hamas, levando a uma polarização e a um clima de animosidade.
No caso da Turquia, a população turca é majoritariamente muçulmana e tem demonstrado apoio ao povo palestino. Isso tem influenciado a postura política do governo turco, que tem chamado a atenção para a situação dos palestinos e criticado as ações de Israel no conflito.
Dessa forma, as comemorações do centenário da República da Turquia são marcadas por um sentimento misto de orgulho e tristeza. Enquanto o país celebra as conquistas alcançadas ao longo desses cem anos, também enfrenta a perplexidade e preocupação diante do cenário de guerra e violência no Oriente Médio.
Apesar dos obstáculos e das tensões geopolíticas, a Turquia continua empenhada em fortalecer sua democracia e prosperidade, buscando um papel ativo no cenário internacional. No centenário de sua república, o país espera poder comemorar em breve não só suas conquistas internas, mas também a paz e a estabilidade na região do Oriente Médio.