Guatemalteco vai a julgamento por participação no assassinato de diretor de ONG francesa em projeto de apoio a indígenas.



Julgamento de acusado de assassinar francês que apoiava indígenas na Guatemala começa na segunda-feira

O julgamento de um guatemalteco acusado de participar do assassinato, em 2020, do francês Benoît Maria, que realizava projetos de apoio a indígenas, começará na segunda-feira em Quetzaltenango, no oeste da Guatemala, sem que a motivação do crime tenha sido esclarecida.

Maria era diretor na Guatemala da ONG Agrônomos e Veterinários Sem Fronteiras (AVSF) e estava há mais de duas décadas apoiando comunidades indígenas maias em projetos agrícolas quando foi assassinado em 10 de agosto de 2020.

De 52 anos e conhecido por seus amigos como “Benito”, o francês dirigia uma caminhonete em uma estrada rural do povoado indígena de San Antonio Ilotenango, no departamento de Quiché, quando foi atacado.

O caso gerou grande comoção tanto na França quanto na Guatemala, levantando questionamentos sobre a segurança dos estrangeiros que trabalham em projetos de ajuda humanitária no país da América Central.

De acordo com autoridades locais, o acusado de participar do assassinato é um homem de 26 anos, cuja identidade não foi revelada. Ele foi preso em setembro de 2020, cerca de um mês após o crime, mas as investigações sobre a motivação do assassinato ainda não foram concluídas.

A expectativa é de que o julgamento traga novas informações sobre as circunstâncias do crime e possíveis motivações, apesar de o mistério em torno do caso ter se mantido ao longo dos últimos meses.

A família de Benoît Maria e seus colegas na ONG AVSF esperam que a justiça seja feita e que o julgamento contribua para esclarecer as razões por trás do trágico assassinato do diretor, que era amplamente respeitado e querido pelas comunidades indígenas que ele servia.

O desfecho do julgamento será aguardado com expectativa tanto na França quanto na Guatemala, onde o caso se tornou um símbolo da luta pelos direitos das comunidades indígenas e da importância do trabalho humanitário desenvolvido por organizações não-governamentais estrangeiras no país.


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