Guilherme Boulos, Ricardo Nunes e Tabata Amaral buscam estratégias diferentes para escolha de vice na Prefeitura de São Paulo



Guilherme Boulos, Ricardo Nunes e Tabata Amaral discutem estratégias para a escolha do vice na corrida eleitoral em São Paulo

Os pré-candidatos à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL), Ricardo Nunes (MDB) e Tabata Amaral (PSB), estão adotando diferentes estratégias no que diz respeito à escolha de seus vices. No entanto, os três convergem em uma avaliação de que o cargo de vice pode influenciar na imagem da candidatura e ser útil em negociações partidárias.

Boulos já tem a sua situação mais consolidada, com a escolha encaminhada de Marta Suplicy (PT) como sua vice, por decisão do presidente Lula. Marta atua como uma espécie de contraponto à inexperiência de Boulos no Executivo, modulando sua participação para garantir que o candidato titular seja o foco principal.

Já Nunes enfrenta especulações sobre quem o acompanhará em sua tentativa de reeleição. A necessidade de contemplar Jair Bolsonaro sem desagradar outros partidos da coligação tem deixado o prefeito com várias opções de vices em potencial. Ele utiliza essa situação para testar a viabilidade dos nomes e administrar as pressões internas.

Tabata Amaral trouxe para a pré-campanha o apresentador José Luiz Datena, que se filiou ao PSB e é considerado o plano A para vice. Embora o discurso oficial seja de que nada está definido, a popularidade de Datena tem ajudado a impulsionar o projeto da deputada federal. Ela também prospecta uma aliança com o PSDB, cedendo espaço para quebrar o isolamento.

A aproximadamente sete meses das eleições, os três pré-candidatos mais bem posicionados nas pesquisas enfrentam desafios ilustrados pelas discussões sobre vices. Os companheiros de chapa podem não ser decisivos para a vitória, mas podem se tornar um problema se gerarem ruídos na campanha.

A relação entre Boulos e Marta Suplicy tem sido construída com entrosamento e respeito, de acordo com interlocutores de ambos. Marta busca não ofuscar o papel de Boulos como candidato titular, mantendo-se como uma espécie de avalista. A ex-prefeita tem sido resgatada pelo PT por conta de seu governo popular e faz críticas indiretas a Nunes, de quem foi secretária.

Nunes, por sua vez, precisa lidar com pressões para contemplar Bolsonaro em sua chapa, o que tem gerado especulações sobre possíveis vices. A aliança com Bolsonaro exige concessões ao ex-presidente, o que tem sido um desafio para o prefeito.

Tabata Amaral e José Luiz Datena ainda não confirmaram oficialmente a escolha do apresentador como vice, mas nos bastidores essa tendência é apontada. Datena tem ajudado a popularizar o nome da deputada, que ainda possui baixa taxa de conhecimento entre os eleitores da capital.

As estratégias de escolha de vice dos pré-candidatos refletem a importância desse cargo na campanha eleitoral, influenciando as negociações partidárias e a imagem dos candidatos perante o eleitorado.


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